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Windsurf

O Windsurf surgiu entre os anos de 1967 e 68, quando 2 amigos californianos, Jim Drake, um engenheiro aéreo-espacial e velejador, e Hoyle Schaweitzer, um empresário e surfista, decidiram inventar um equipamento que unisse a liberdade do surf com a arte de velejar.
No final de 1968, Schaweitzer patenteou um novo equipamento esportivo, o qual chamou de WNDSURFER.

No entanto, um dos problemas para concretizar a idéia estava em como conciliar o movimento com a direção da prancha. Então perceberam que qualquer barco se torna possível de ser velejado sem uso do leme, somente com a ação do balanço do corpo.

Com esses conceitos na mente, Drake ficou responsável pelo desenvolvimento da vela, e Schweitzer pelo shape e tamanho da prancha. A primeira prancha de Schaweitzer, chamada de SK-8s, foi feita de fiberglass. No entanto, esse tipo de material foi considerado muito caro. Na procura de outras alternativas, Schaweitzer descobriu um polietileno da Dupont, utilizado na construção de sua prancha de "windsurfer".

O departamento de publicidade da Dupont se encarregou de divulgar o novo equipamento pelo mundo. Logo foram criadas as primeiras escolas na Alemanha, entre elas a Internacional Windsurfer School, que utilizavam um simulador na terra, onde os alunos praticavam o esporte a seco.

O primeiro grande resultado positivo aconteceu na década de 70, quando a TENCATE, empresa do setor têxtil, comprou a licença para fabricar o WINDSURFER na Holanda. A empresa holandesa aliada a I.W.S. transformou o novo esporte num grande sucesso.

Entre 1973 e 78 forma comercializadas cerca de 150.000 unidades, o que fez com que várias empresas viessem a produzir "windsurfer"em todo mundo. Numa reunião realizada em Moscou, o Comitê Olímpico Internacional aceitou o Windsurf para participar das Olimpíadas de 1984, quando foi definitivamente aceito como esporte olímpico.

Klaus Peter foi o pioneiro do Windsurf no Brasil e a Rede Globo, com a novela Água Viva, foi a responsável pela febre do Windsurf no final da década de 70.

A modernização dos equipamentos, principalmente após 1988 e o desenvolvimento paralelo nessa tecnologia criaram uma nova modalidade chamada Slalon.

A Slalon está se popularizando muito mais rapidamente que o Winsurf tradicional, praticado nas olimpíadas, pois os equipamentos são muito mais ágeis e velozes, o que possibilita uma criatividade muito grande e a invenção de novas manobras.

O windsurf está dividido em 3 categorias bem definidas:

1. Long Board: prancha com mais de 3,30m com bolina.
2. Fun Board: pranchas entre 3,01m e 3,30m com bolina.
3. Slalon Board: pranchas menores que 3,10m sem bolina.


Freestyle

É a categoria mais agitada do windsurf. A maior atração é o looping, o movimento mais arriscado, que consiste em usar as ondas como trampolim para se lançar, junto com a vela e a prancha, em seguida dar uma cambalhota de 360 graus sobre si mesmo e voltar a água na mesma posição de antes. Alguns atletas conseguem fazer o double-loop, duas voltas no ar antes de voltar à água. Algumas competições desta categoria são indoor. O windsurf indoor é realizado em tanques rodeados por potentes ventiladores em ginásios de grande porte. O velejador Kauli Seadi, Ricardo Campello e Browzinho já foram campeões na categoria jump, aonde o velejador salta uma rampa com um buraco dentro pra quilha passar.
Kids
Além das pranchas de adultos, já estão sendo produzidas pranchas para crianças. Por exemplo, a Prancha Fórmula é muito volumosa, mas na forma Kids ela é ideal para as crianças.
Wave
A categoria wave é disputada nas ondas, similar a um campeonato de surf. Os velejadores fazem manobras nas ondas e saltos indo contra as ondas ,juízes decidem a pontuação e a colocação dos atletas na competição. O brasileiro Kauli Seadi sagrou-se campeão mundial nesta categoria em 2005, 2007 e 2008.

Super X
O super X foi criado para criar um espetáculo e chamar a atenção do público para as competições. É uma regata com bóias que os velejadores tem que saltar por cima, quem cruza a linha final primeiro é o vencedor. Além disso há manobras obrigatórias que os velejadores tem que executar em cada perna da regata como o looping e o duck-jibe.

Formula
A mais técnica de todas as categorias. A prática desta se dá em pranchas mais volumosas e com velas maiores. As competições são similares as regatas de grande porte com bóias a barla e sota vento.


Formula Experience
A Formula Experience é uma Classe filiada na ISAF - International Sailing Federation. É uma Classe para velejadores que se desejam iniciar na Formula Windsurfing - o patamar mais alto da competição race.

O equipamento desta Formula é constituido por uma prancha fabricada com materiais menos nobres para que o preço se torne mais atractivo para o praticante. No entanto, a Formula Experience não se resume a uma prancha económica. É efectivamente uma prancha performante, muito próxima da prancha de alta competição.
Enquanto isso, a Classe impõe um conjunto de restrições em termos de vela, mastro e retranca tornando esta Fórmula muito popular, capaz de trazer muitos praticantes ao desporto, situação que de outra forma seria difícil para os interessados.

A Formula Windsurfing é uma Classe destinada aos jovens, mas também para todos aqueles que apesar da idade desejam praticar este desporto de forma descontraída.

O primeiro Campeonato Oficial desta Formula foi realizado em Portugal, Costa de Caparica, em 2003 juntou velejadores dos cinco continentes e foi organizado pelo Overpower Club.